sexta-feira, 9 de março de 2007

BBB ( A MANIPULAÇÃO DA GLOBO NAS EDIÇÕES)


A globo + uma vez naum amostra o lado bom do cowboi, e faz tudo para mascarar o ze limão.


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BBB: Que ódio é esse?
Quando um ator de novela interpreta um vilão, é batata: em algum momento declara, rindo, ter sido objeto de agressão de algum telespectador mais passional, geralmente descrito como uma senhorinha pouco ameaçadora. Geralmente, a história é meio suspeita, apenas uma validação sem testemunhas de um trabalho supostamente convincente. A julgar pelo tom que a discussão sobre o BBB vem tomando nas últimas edições, no entanto, é capaz de não demorar para que alguém realmente seja agredido. Fisicamente, eu digo, porque de agressões verbais e até ameaças à vida e aos familiares os fóruns e comunidades já transbordam. O nível de paixão de alguns telespectadores assusta.Há vários aspectos que contribuem para criar uma situação emocional tão inflamada. O primeiro, obviamente, é a própria natureza da versão brasileira do reality show, desde o início pensada e conduzida como uma novela, com protagonistas e antagonistas – só que uma novela com pessoas de verdade, mais acessíveis, mais passíveis de julgamento. Outro é o espaço onde boa parte da discussão é travada – a internet -, onde qualquer um pode constatar que muita gente aproveita o isolamento físico e a possibilidade de anonimato para livrar-se de qualquer freio, descontar as frustrações pessoais e viver seu próprio " Um Dia de Fúria" virtual. Mas quem realmente fomenta essa exploração emocional são os peixes-pilotos do BBB, aqueles que se alimentam dos restos do programa.
Elaine
21:56(44 minutos atrás) É surpreendente o conteúdo de ALGUNS fóruns, blogs e programas de TV sobre o assunto. O discurso principal é conduzido por expressões de amor e ódio, definições de bem e mal e, acima de tudo, um perigoso clamor por justiça. Desígnios divinos e merecimentos também entram na farra. E tudo envolto em uma rigidez moral de assustar as Senhoras de Santana. Com essa base, o resultado é que frases como “o que é dele está guardado”, “Turma do Mal”, ou “ele vai pagar aqui fora”, para dizer o mínimo, tornam-se a tônica da “torcida” e do “debate”. Basta ligar qualquer dia no programa da Sônia Abrão (em que a apresentadora passa a tarde discutindo imagens do programa exibidas frame a frame para evitar problemas de direitos de transmissão) para acompanhar um rosário de ódio e condenação a alguns participantes, que se estende até a familiares e pessoas que aceitam participar da atração. A ironia está no fato de que a apresentadora é acompanhada por Paulo André, um dos ex-BBBs mais vilipendiados pelo mesmo programa no passado. A prova do líder, que está acontecendo há 15 horas enquanto escrevo este texto, é uma boa chance de aplacar os ânimos, além de um dos pontos altos da edição. Alemão e Alberto estão fritando sob o sol em uma gaiola e de lá não arredam pé enquanto não puderem garantir a liderança. Assim, confinados ainda mais, reduzidos a necessidades humanas básicas e conversando sem grandes rodeios, dá para lembrar que os dois são gente. E que a idéia original do programa era usar o confinamento exatamente para isso. Sem novela. Sem paixão.

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